sexta-feira, 21 de março de 2014

Chapada Diamantina Dia 14 e 15 - final

Macaé/RJ – Osasco/SP – Arapongas - 1260 km

Saí para a estrada às 10 horas, temperatura 30ºC, mais um pedaço da BR 101 até o Rio de Janeiro, lá vou seguir pela Dutra. Trânsito normal apesar das obras de duplicação em vários trechos.
Finalmente entendei a expressão “Rio 40 graus”, pois esta foi a temperatura por lá, e é quente mesmo...
Às 15 horas cheguei em Aparecida, aproveitei para agradecer a Mãe de Céu a viagem tranquila que tive e pedir para continuar assim.
Em Taubaté preferi seguir pela Rodovia Carvalho Pinto e depois na  Airton Senna, é mais rápida, menos trânsito para chegar em São Paulo. Às 18 horas já estava na casa do meu tio.

Último dia de viagem parece sempre ser o mais cansativo. Pela primeira vez as ameaças de chuva se confirmaram e foi necessário o impermeável, não peguei chuva pesada, mas muito asfalto molhado e sujo de barro por conta de mais reformas na estrada. Um perigo para veículos de 2 rodas. Cheguei em casa às 18:30 h, mais de 5400 km rodados, 17 dias conhecendo um pouco mais do Brasil e de mim mesmo. Viajar de moto, sozinho, é um desafio à resistência física e psicológica. Os medos e receios de andar por lugares que não conhecemos, da possibilidade de enfrentar situações inesperadas podem até nos fazer desistir, mas com determinação, apoio da família e fé em Deus, tudo é superado e podemos saborear o prazer de toda a viagem.

Resumo:
5762 km
327 litros de gasolina
17,6 média km/l
558 fotos
200 minutos de filmes
Novos amigos, boas lembranças e sorrisos aos montes.








Chapada Diamantina Dia 13


Porto Seguro/BA – Macaé/RJ – 940 km

Esta foi a etapa mais longa da viagem, 14 horas de moto pela BR 101. Durante o trajeto conheci o motociclista mineiro Wellington, rodamos apenas 50 km até o trevo rumo à Contagem/MG, e conversamos um pouco sobre a viagem.

A BR 101 no sul do Espírito Santo é uma história à parte, com povoados e vilarejos à beira da via, quase sem acostamento, raramente um 3ª faixa para veículos lentos, crianças vendendo frutas e água nos inúmeros quebra-molas, tem um trecho de paralelepípedo dentro de uma pequena cidade, um caos, o trânsito pesado de uma rodovia, com caminhões misturado com pedestres, comerciantes, alunos em ruas apertadas. Buracos também aparecem no meio de uma curva.

Quem viaja neste trecho tem que deixar a pressa em casa, velocidade média não passa dos 50 km/h, em alguns trechos a placa diz “velocidade máxima 40 km/h”, e você sorri, pois está atrás de um comboio de veículos lentos a menos de 20km/h.

Testemunhei várias vezes alguns motoristas forçando a ultrapassagem, e carros indo pro acostamento para evitar uma colisão. A rodovia melhorou um pouco no Estado do Rio, com a cobrança de pedágio, mas ainda muito longe do ideal.


Cheguei em Macaé as 19 horas, depois de 14 horas de moto, e fui direto visitar alguns parentes.





Chapada Diamantina Dia 9, 10, 11 e 12

Itabuna/BA – Pau Brasil - Porto Seguro/BA – 442 km

Primeira mensagem do dia no painel da moto – LAMPF – ou seja, lâmpada do farol queimada, comprei uma para trocar mais tarde.

Pau Brasil entrou na rota para uma visita ao Padre Marcos, amigo desde quando trabalhou na minha cidade e que já está a 1 ano evangelizando nesta pequena cidade. Há alguns anos, Pau Brasil foi destaque nos noticiários por conta dos conflitos entre fazendeiros e indígenas. Atualmente com as área demarcadas, a situação está controlada, embora com um grande custo para a economia local.

Após o almoço estava na estrada novamente, algumas pancadas de chuva amenizaram o calor, a BR 101, alternando entre trechos bons e outros esburacados sem aviso nenhum.

Já em Porto Seguro, troquei a lâmpada do farol. Até agora foram 3580 km. Vou encontrar minha família aqui e ficar uns dias, finalizando a segunda parte da viagem.











Chapada Diamantina Dia 8

Lençóis/BA – Itabuna/BA – 720 km

Atravessei parte do sertão da Bahia pela BR 242, muitos rios totalmente secos, paisagem típica do nordeste. Temperatura em torno dos 30ºC. Rodei um Pedaço da BR 116 até Itatim, e por uma estrada municipal fui até a BR 101. Parei numa padaria de um cidadezinha para lanchar, mas, mosquitos passeavam dentro da estufa de salgados, também havia moscas voando dentro do balcão de pão francês, na geladeira, o iogurte estava vencido...o jeito foi apelar para o lanche de emergência que estava na bagagem da moto.


E as mazelas do dia ainda estavam por vir, havia um protesto de moradores na BR 101, entre os municípios de Itabaiana e Burieta. Fila de mais de 10 km, a Polícia Federal estava orientando os veículos a ficarem em fila e não andar pelo acostamento. Depois de 30 minutos parado, conversando com moradores locais, fiquei sabendo de um desvio por estrada de terra, que saía depois do protesto. Inclusive vários carros já estavam indo e vindo por lá. Foram os 12 km mais difíceis que pilotei uma moto de  rua com mais de 250 kg. Buracos, pedras, valetas, erosões, praticamente em todo o trecho só passava uma carro de cada vez, tinha carro preso em valetas, outros manobrando para fazer as curvas e desviar dos buracos. Levamos 40 minutos, mas valeu o esforço, o protesto só terminaria três horas depois. Cheguei em Itabuna no início da noite.











quinta-feira, 13 de março de 2014

Chapada Diamantina Dias 5, 6. 7.

Lençois/Ba e região

Estes 3 dias forma dedicados a conhecer de perto as belezas naturais da Chapada Diamantina, rodei apenas 140 km (20 km sem asfalto), para visitar a Caverna Lapa Doce, Rio Pratinha e Morro do Pai Inácio. Para outros passeios é melhor formar um grupo, contratar um guia ou uma empresa de turismo local, fica mais barato e mais seguro. Em todos os passeios você irá caminhar por trilhas e montanhas, afastadas da cidade. Abaixo fotos dos locais visitados:  Lapa Doce, Pratinha, Gruta Azul, Morro do Pai Inácio, Parque Serrano, Estrada dos Mineiros e a Cidade de Lençóis/BA.




















Chapada Diamantina Dia 4

Chapada Diamantina Dia 4

Caetité/BA – Lençóis/BA – 520 km

O dia começou quente, chegou a 35ºC, e 50 km de asfalto (?) totalmente esburacado entre as cidades de Brumado e Sussuarana, vi vários rios totalmente secos, a plantação e animais sofrendo. Já na Chapada Diamantina o asfalto melhorou e no alto da serra a temperatura caiu para 24ºC, a paisagem inspira. Encontrei grandes plantações de café no alto da serra e outras culturas com irrigação, contraste com o cenário a menos de 100 km dali.

Almocei na cidade história de Mucugé, que surgiu no século 18 em função do ouro e diamantes, agora vive do Turismo e das festas de São João. A estrada para Andaraí, os rios e montanhas da região são totalmente diferentes de tudo que eu já tinha visto.

Cheguei em Lençóis por volta da 17 horas, finalizando a primeira etapa da viagem. Vou ficar aqui alguns dias para conhecer a região. Agora é colocar o tênis e boné, que as caminhadas serão grandes. Hospedei-me na Pousada das Árvores (www.pousadadasarvores.com), do amigo Paulo Cesar, motociclista e guia turístico, aproveite os passeios de quadriciclo e conheça a estrada dos mineiros. A pousada é logo na entrada da cidade.